13/10/2011

Beringela Panada com Molho de Iogurte e Caril


Continuando no capítulo dos panados, este nasceu em Fevereiro...
Mas ainda está apto!



Ingredientes (2 pessoas):

1 beringela média
2 a 3 ovos
100gr farinha
150gr pão ralado
1 dente de alho
Salsa picada q.b.
Pimenta q.b.
Sal q.b.
Vinagre q.b.
1lt água

1 iogurte natural
2 colheres chá de caril


Preparação:

Lavar e cortar a beringela em rodelas finas (+-3 mm). Colocar em água com sal grosso e vinagre. Deixar macerar cerca de 1h.
Colocar ao lume um frigideira com 1 dedo de óleo.
Num prato fundo colocar a farinha. Noutro prato bater 2 ovos com pimenta, sal, salsa e alho picados finamente (o terceiro ovo só é adicionado mais tarde, se necessário). Num último prato colocar o pão ralado.
Escorrer bem as rodelas de beringela e passar nos pratos pela seguinte ordem: farinha, ovo, pão ralado. Se necessário, adicionar o terceiro ovo e bater. Fritar de ambos os lados e colocar num prato com papel absorvente.

Para o molho: deitar o iogurte, o caril, um pouco de salsa picada, sal e um fio de água num robot de cozinha e misturar (também pode misturar-se manualmente).

12/10/2011

Mini Hamburgueres de Feijão com Atum


Às vezes esqueço-me de pôr qualquer coisa a descongelar e também não tenho nada de substancial no frigorífico. UPS!
Mas abro logo a porta da despensa, puxo um bocado pela cabeça e, junto com o que há de frugal no dito electrodoméstico, lá sai qualquer coisa mais ou menos digna.

Há uns tempos, saiu isto.


Versa assim...


Ingredientes:

1 lata de feijão (à escolha)
2 latas de atum ao natural
1/2 colher de chá de mostarda
1 colher de chá de ketchup
1 cebola pequena picada
Aipo (folhas) picado q.b. (ou salsa picada)
Sal q.b.
Pimenta q.b.


Preparação:

Escorrer e lavar o feijão. Colocar num recipientes e esmagar.
















Adicionar o atum escorrido, a mostarda, o ketchup, a cebola e o aipo/salsa picados, um pouco de sal e pimenta.































Misturar bem e verificar os temperos. Se necessário adicionar mais sal ou mostarda.
















Formar os mini hamburgueres e passar por ovo batido e pão ralado.































Fritar, ambos os lados até alourar, em óleo quente (apenas o suficiente para cobrir o fundo da frigideira). Colocar num prato sobre papel absorvente.
















Como já tem feijão, aconselho a acompanhar com salada ou legumes e uma dose pequena de arroz.


11/10/2011

Memórias retroactivas: os carros da minha vida



1990: Citröen BX
Com aileron!!!


















O puto era muito pequeno e ainda usava chapéu para ir à rua. Mesmo assim regueifava o nariz e aninhava os olhos ao primeiro raio de sol. Aliás, não havia foto exterior em que nós três não aparecessemos de cara à banda! "Não faças essa cara!", ouviamos à vez.

Ao contrário do que viria a acontecer com as outras trocas de carros, esta foi assim meio feita à socapa. Ou melhor, eu tinha 7 ou 8 anos e valorizava muito mais o tricíclo da minha irmã do que os planos dos pais para a aquisição de um hipotético carro novo. Mas também não era por acaso! É o que o dito tricíclo tinha vários pontos a seu favor... Em primeiro lugar, dava para andar às voltas na sala de jantar. E além disso - não sei bem como me fui lembrar de tal coisa -, virado de pernas para o ar e manobrando os pedais com as mãos, era uma fantástica máquina de fazer puré de batata!!! Quantas pessoas podem gabar-se de ter um tricíclo assim tão fixe, hein?
Mas como dizia, as intenções para trocar de carro passaram-me completamente ao lado. E só sei que, no final de um dia muito didático na escola, lá estava ele. Beige, reluzente e com um rabo bem proeminente, o nosso BX cheirava a novo por dentro. O "UAU!" sentia-se no ar. Mas sinceramente, o tricíclo continuava a ser muito mais interessante... E colorido!
Por isso mesmo, mais enigmático para mim foi o que sucedeu na primeira vez em que fomos ver os avós à terra, a bordo da nova máquina. Da viagem em si não me recordo de nada. Mais uma igual a tantas outras, provavelmente adormeci com a cabeça da irmã na perna direita e a do irmão na perna esquerda (foi essa a minha sina durante largos anos e longas viagens). Mas a chegada... Essa é-me inesquecível!

"Olha o KITT! Olha o KITT! Olha o KITT!"... Gritavam os miúdos enquanto atravessavamos Brunhoso. Vira aqui, vira acolá, e eles sempre atrás de nós, em grande alvoroço. Que raio! Eu não percebia bem porquê... Mas digam lá se não era eu que estava cega?



Depois disto, não restam dúvidas - a minha máquina de fazer puré e o KITT dos miúdos de Brunhoso confirmam-no -, a imaginação das crianças é uma coisa maravilhosa!


10/10/2011

Bife corado ao alecrim e batata esmagada com couve-flor


Completa e descaradamente copiando outras paragens, achei por bem partilhar a minha "interpretação" do prato supra-citado. É que é mesmo muito bom!
Mas é "só" para quem gosta MESMO de carne... Como eu, que venho da terra da Posta à Mirandesa :)



Ingredientes (2 pessoas):

1 chávenas de chá de sal grosso ou flor de sal
1 colher de sopa de pimenta preta de moinho
2 raminhos de alecrim fresco

2 bifes da alcatra (com cerca de 1,5cm de altura) - é claro que um bife do lombo é incomparável, mas nos dias que correm é também incomportável
Azeite
1 colher de chá de manteiga
1 cálice de Vinho do Porto ou Vinho Madeira

3 batatas médias
2 dentes de alho
1 cabeça pequena de couve-flor
3 pés de salsa picada
1 colher de sopa de manteiga
2 chávenas de café de leite (pode ser preciso mais ou menos, conforme o gosto)


Preparação:

Preparar o sal de alecrim com alguma antecedência (eu fiz de véspera) da seguinte forma... Colocar o sal e a pimenta num recipiente com tampa (tupperware, p.ex.).
Retirar as folhas de alecrim dos caules e picar grosseiramente.
Adicionar ao sal e pimenta. Tapar e agitar o recipiente.
Esta quantidade não é excessíva, pois com certeza vão querer repetir esta receita muitas vezes.
Reservar.

Descascar as batatas e cortar em cubos (para cozerem mais rápido). Descascar os dentes de alho e preparar a couve-flor. Lavar tudo e pôr numa panela ao lume com água abundante e uma colher de chá de sal, até cozer muito bem.
Escorrer e colocar de novo na panela, com a colher de sopa de manteiga, a salsa picada e uma parte do leite. Com um garfo ou outro utensílio que achem melhor, vão esmagando tudo e adicionando leite até terem a consistência que desejarem. Agora é preciso provar e rectificar os temperos (sal e, eventualmente, pimenta ou noz moscada são as minhas sugestões, mas só com sal também é bom).

Salpicar os bifes com o sal de alecrim num dos lados.
Colocar a frigideira ou grelhador anti-aderente ao fogo forte e regar com um fio de azeite.
Quando a frigideira estiver bem quente, colocar os bifes com a parte temperada para baixo. Salpicar o lado que agora está para cima com mais um pouco de sal de alecrim.
2 minutos de cada lado é quanto baste para obter o ponto que está na foto. Retirar para uma tábua de corte e fatiar.
A frigideira continua ao lume (agora médio). Adicione-se a colher de chá de manteiga para derreter e alourar... Quando estiver castanha-dourada, adicionar o cálice de vinho e deixar ferver cerca de 20/30 segundos. Regar com este molho os bifes, que já estarão na travessa ou respectivos pratos.

Acompanhar com a salada que tiverem à mão...

Que tempo bem gasto!!!

Memórias retroactivas: os carros da minha vida


Não deixa de ser curioso que eu, sendo a mais velha de três irmãos, não tenha grandes memórias do dia em que os mais novos nasceram... Sobretudo considerando as imagens de infância que por vezes me vêm à memória e que se relacionam com os sucessivos automóveis que o meu pai ia adquirindo enquanto cresciamos.
Mas descancem os meus irmãos*, pois quase sempre essas imagens têm a ver com a sua existência.
Começando então pelo início...


1985 - O Citröen AX

















Devia correr o ano de 1985, pois havia uma novidade no banco de trás. Ao meu lado repousava uma alcofa que fazia pendant com o próprio carro, ambos vermelho cereja. Mas mais importante que o curioso objecto, era o seu conteúdo. A minha irmã! Linda, a Catarina tinha chegado a este mundo já cheia de estilo e atitude, com um cabelo farto. Bem negro. E uma franjinha muito curiosa, que eu adorava examinar com o meu olhar de irmã mais velha.
Os tempos eram outros, não hajam dúvidas! Mas se dúvidas houvessem, segue a confirmação.
Eu viajava então livremente no banco de trás, sem cadeirinha, sem cinto. Tal como a minha irmã, na sua alcofa deslizante, que eu tentava, com os meus 3 anos acabados de completar, estabilizar face à estrada ziguezagueante.
Mas ela chorava incessantemente. E nem o sorriso radioso da nossa mãe que, em conjunto com o seu braço atento, amiúde se dirigia para nós duas, parecia resultar.
"Duarte, encosta aí à frente..." Ouviu-se a sua voz impaciente de mãe jovem mas atenta.

Não me recordo completamente de como tudo aconteceu, mas recordo-me muito bem de me sentir "crescida" pois, de repente, a mim se destinava o banco da frente... Pelo resto da viagem!
À data, nem sequer nos bancos da frente era obrigatório usar cinto, mas a carga era mais valiosa que o habitual, por isso a diligência foi feita.
E ainda bem, pois os meus olhos, por essa altura, já pesavam, e a barra diagonal do cinto tornou-se num perfeito apoio de cabeça. E esta correspondeu, divagando livremente o resto do caminho em sonhos mirabolantes de franjinhas ralas e crianças crescidas!



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* não me parece que os mesmos estejam muito preocupados com os meus lapsos de memória à data das suas chegadas a este mundo, mas achei que a frase começava bem assim.