21/10/2011

Tanto talento gráfico...


Inspirada pelo doodle de hoje, que me fez investigar mais uma artista que desconhecia, pretendo ir partilhando convosco algumas das minhas descobertas recentes, que me fazem sentir priveligiada por ter acesso à mera visão destas obras.


Como disse, hoje conheci Mary Blair, através do doodle da Google. A sua carreira está indubitavelmente ligada à Disney dos anos 40 e 50. Dessa colaboração e do seu génio nasceram imagens fantásticas, que podem facilmente ser encontradas por essa world wide web.
Seleccionei, no entanto, apenas alguns dos meus preferidos que aqui quero partilhar convosco...













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Entretanto, fui-me deparando com outros artistas gráficos, que me vão impressionando por um ou outro motivo.
Hoje deixo-vos também com alguns exemplos de uma artista portuguesa cujo trabalho me merece muito repeito e admiração. Espero que gostem ...

Maria Keil








Aceito sugestões acerca de outros artistas, mesmo que mestres de outros tipos de arte.
Obrigada!



19/10/2011

Memórias retroactivas: os carros da minha vida


1990: menção honrosa - a Dyane















A nossa "Tximbica".
Faz-me sempre pensar no genérico da mítica série Duarte & Cia...
Era um carro "velho" - até diziam que já tinha tido um buraco no chão!
Mas era descapotável e levava-nos aos sítios mais divertidos, aos quais chegava sempre em primeiro lugar.


O Carlos "brasileiro" (ficou assim denominado dada a quantidade de Carlos na nossa família) andava por terras lusas nesse ano. O que já por si era especial! Mas naquele dia andava tudo num virote, a fazer malas para ir "não sei aonde".

Dali a pouco tempo, ouviu-se a buzina do carro do Pedro. Corri para a janela e vi: o Pedro ao volante, a Céu ao seu lado, o João a espreitar pelo canto da janela de trás e a sombra da Ita ao lado dele. Pelos vistos eles também iam...

Que carro levamos?
"A tximbica!", atira sem dúvidas o Carlos "brasileiro". E lá fomos nós, de capota aberta e todos encaixadinhos, para a gincana. Foi uma viagem emocionante. Aos saltos no banco de trás, resultantes da combinação entre o sinuoso caminho e a suspensão da dita viatura. Comemos um bocadinho de pó... Mas valeu a pena, pois fomos os primeiros a chegar! (Mais tarde percebi que era o nosso carro que ia a indicar o caminho, mas a vitória soube-me bem naquele momento.)
Esperava-nos uma casita, perdida no meio da Serra de Montesinho, completamente isolada e sem luz... Euforia!!! Examinei o exterior e logo corri para o lúgubre interior, em claro contraste com o sol que estava lá fora.
De dia tomavamos banho no rio, faziamos caminhadas que pareciam não ter fim, encontravamos moinhos desactivados e dançavamos enquanto o churrasco não estava pronto... À noite, ligavam-se os candeeiros a gás e jogavamos às escondidas. Mas não muito tempo, porque depois da agitação diurna só apetecia encostar a cabeça e apagar, profundamente, para bem depressa podermos reabrir os olhos e repetir as façanhas do dia anterior...

Tenho saudades da nossa Tximbica!


18/10/2011

Uma Tarte de Marmelos e Pêras





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A culpa não foi minha. Olhei para eles. Eles olharam para mim.

- "Rápido! Estamos prestes a ficar impróprios para consumo!"

- "Mas, mas... Eu não quero fazer marmelada, não me apetece!"

- "Olha, desenrasca-te. E já que aí estás, aqui as minhas amigas pêras pediram-me ajuda há uns tempos, porque também estão fartas de estar à espera."

- "Ok! Ok! Vou ver o que posso fazer por vocês..."

Edição: Sofia Suarez

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Ingredientes:

+- 750gr marmelos e pêras (pesados depois de limpos e descascados)
2 colheres de sopa mel ou mapple sirup
130gr de açúcar mascavado
200ml leite (pode ser de soja)
1 chavena flocos de aveia
Raspa de 1 limão

1 chávena de açúcar normal
1/2 chávena de água
1 colher sopa manteiga

1 rolo de massa folhada

Preparação:


Lavar e cortar os marmelos e as pêras. Colocar num tacho ou panela junto com o mel, o açúcar mascavado e o leite. Envolver e levar ao lume durante cerca de 20 minutos, mexendo de vez em quando. Adicionar os flocos de aveia e a raspa de limão e misturar bem.
Ao mesmo tempo, colocar na forma de tarte o açúcar normal e a água. Levar ao lume e, quando estiver bem castanho, adicionar a manteiga.





Colocar o preparado das frutas por cima do caramelo (cuidado com a forma, pois vai estar muito quente). Sobre a fruta, colocar a massa folhada (também pode ser massa areada ou quebrada), colocando a massa em excesso para dentro, junto às paredes da forma.
Levar ao forno a 200ºC durante cerca de 20 minutos...






Até alourar!



Virar com cuidado sobre o prato enquanto enquanto estiver quente.









Ai! Ai!

Os rendimentos de 15 políticos portugueses antes e depois de passarem pelo Governo


Depois de ver isto só consigo pensar que é obsceno!

Vergonha - e seus derivados - será a palavra mais usada neste texto, por isso aqui vai a definição segundo o Priberam, da qual destaco o último tópico.


vergonha | s. f. | s. f. pl.


vergonha |ô|
(latim verecundia, -ae)

s. f.

1. Pudor; pejo.

2. Opróbrio.
3. Rubor das faces causado pelo pejo.
4. Timidez; embaraço; acanhamento.
5. Receio de desonra.

Impressiona-me em particular a promiscuidade vergonhosa que existe entre os agentes políticos - supostamente aqueles que devem gerir o país e o Estado de forma a criar condições iguais para todos - e as grandes empresas.
E é que ainda por cima toda a gente sabe que há tráfico de influências, jogo sujo e gestão danosa da despesa do Estado por causa destas maçãs podres. Mas ninguém, com poder para o fazer, tem vergonha na cara e coragem para realmente agir sobre este tipo de situações de forma exemplar.
A justiça atravessa estes fulaninhos como se não fossem feitos de matéria e eles parecem continuar imunes, a tomar o seu congnac e a fumar o seu cubano numa qualquer esplanada deste país...



Ou, noutra versão deles próprios, continuam a ser contratados para cargos milionários, mesmo enquanto são arguidos ou suspeitos em casos que deveriam fazê-los remeter-se à mais pura vergonha!



É que nem me choca assim tanto os valores que recebem enquanto membros do governo. O que me choca mesmo mais é que, quando saem de lá, miraculosamente são resgatados por empresas como EDP, REN, CIMPOR, BPI, MOTA-ENGIL, GALP, BCP, ... Numa clara situação de "poderosos", vulgo gente com influência. Mas que raio! Um bom governo não deveria ser imune às suas investidas e ameaças?!!??
E mais! Quantos não terão preparado o terreno enquanto operavam ainda dentro dos respectivos governos. Já os estou a imaginar, a pensar nos seus gabinetes:
"Ora bem! Tenho que moldar esta leizinha inconveniente...";
"Não, este decreto não me vai ajudar nada no futuro...";
"Ai! Tenho que falar com o PM acerca desta medida..."

Haja vergonha!
Mas os pais destes indivíduos não lhes ensinaram o que era a honra e o bom nome?